quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Perdão

Eu posso perdoar, sem pestanejar.
Basta pedir com jeitinho,
Que, rapidamente,
me entrego ao seu carinho.
Eu sei perdoar,
Tenho esse dom
De sempre amar.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Em casa


Não sou carioca da gema,
E sim da praia de Iracema,
Pertinho da Volta da Jurema
.
Mas hoje me sinto em casa
Na famosa
Ipanema.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Aos poucos



















Aos poucos o pesadelo vira sonho,
E a madrugada, manhã.
Aos poucos os monstros tornam-se anjos,
E revelam os segredos do divã.

Aos poucos me perco em palavras e pensamentos
Para logo me encontrar em prosa, em verso, em texto.
Aos poucos procuro entender as entrelinhas
E me perco no silêncio.

As lágrimas, aos poucos, me encharcam de sorrisos.
Os amigos aos poucos se vão,
Deixando em seu lugar muitos irmãos.

A vida procura o seu significado aos poucos, e ninguém acha!
Aos poucos, e sem sentido, segue seu destino.
Livre caminho, livre progresso, livre arbítrio.

O corpo muda, mas o espelho não nos avisa aos poucos...
Quando vê, já viu!
Aos poucos a vida fugiu...

Ao seu lado, aos poucos, construo minha vida (a nossa)
E sigo a trilha com instinto e paixão.
Vidas, ritmos, luas...

Aos poucos o relógio marca as batidas do coração.

Aos poucos eu prefiro ficar na sua.
Aos poucos eu prefiro ficar nua.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Caderno do Gigante da Montanha


Subi o mais alto que pude para me aventurar. Na última Prateleira contei com a ajuda de um gigante para escalar. Pisei em sua cabeça, e ele, sem reclamar, abriu seu caderno e seu coração para eu bisbilhotar. Li poesias e contos, declarações e confissões. Refleti sobre a vida, o universo e tudo o mais. Pensei no tempo que não volta mais, nos amigos que ficaram para trás, no mundo que precisa de paz. O que eu poderia escrever naquele caderno? O que eu gostaria de deixar escrito para a eternidade? Que ensinamentos poderia eu repassar? Tão pouca experiência, tão enraizada nas coisas do mundo, tão teimosa, tão carente, tão insegura, tão... tão... tão humana... O Gigante leu os meus pensamentos e disse: “Deixe o vento bater e te levar, não dói nada, e aos poucos ele irá modificar a sua forma de pensar. Aos poucos irá redesenhar nas pedras da sua vida, o seu destino. Não tenha pressa, o tempo não existe de fato! Se jogue que o vento irá te segurar”. Eu acreditei no Gigante e me aproximei do precipício. Me lancei no abismo da vida, deixando o vento fazer a sua parte. E assim tem sido: o vento tem batido e me levado (ou lavado?), esculpindo a minha vida, meus pensamentos e reflexões. Tanto bate que aos poucos fura barreiras, abre caminhos.