quarta-feira, 27 de março de 2013

Na ilha

Ilhada,
Com o mar ao redor.
Não há saída pela direita,
Nem pela esquerda.
Nesse caso, o caminho do meio é pior.
No mar não há caminho do meio,
Há o meio do caminho...
Ilhada,
Com saída para todos os lados.
O horizonte infinito...
Só resta me atirar ao mar e nadar.
Nadar contra a corrente,
É a corrente, é a corrente...
Corrente que não sente...
Nadar até cansar...
Nadar sem pensar...
Nadar e, quem sabe, chegar a algum lugar.
Ilhada.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

O Tempo

Estudado, pesquisado, cantado.
Quase idolatrado.
Tempo que te quero Tempo,
Para fazer o que quiser do meu Tempo.
Tempo que nos revela, nos entrega.

"O Tempo não pára" e as horas correm.
Um caminho sem volta.
'És meu sol, és meu abrigo, és o meu melhor amigo"
(ou inimigo).
O Tempo permite esquecer...
Pois sempre é Tempo de renascer, de crescer, de somente ser.
Ache seu Tempo de surpreender.

"Tempo, Tempo, Tempo, Tempo".

Gerenciamento de Riscos


Entrego
Arrisco
Digo
Exibo
Meu ego

Salve-se
Quem puder
Quem quiser

Venha o que vier

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Coisas em comum

Estavam abraçados, deitados. Ele pousou a mão em seu ventre. Fazia frio. Já era tarde, mas tinham se deixado levar pela noite das revelações. Veio de novo aquele frio na barriga. Sorriram desconfiados, é verdade. Tinham culpa no cartório e sabiam disso. A possibilidade da mudança, a novidade iminente, mais uma transformação! Tentaram dormir, cada um na sua, mas com duas coisas em comum.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

A mentirosa irreverente que inevitavelmente existe na gente

Ela mente espontaneamente, tão tranquilamente que nem sente. Fala assim, de repente, naturalmente e de forma muito envolvente. Quase teatralmente. Mente frequentemente, descaradamente, em qualquer ambiente.  Sua mentira é eficiente, eloquente. Sem dúvida, nisso ela é competente. Mente até para estrela cadente, parece uma adolescente. Ela mente diariamente porque é conveniente. Geralmente, a mentira dela é consistente. Mente contente e sorridente. Isso é sem precedente! Mente tão religiosamente que não há quem aguente. Mas, paradoxalmente, a menina é inteligente, atraente. Definitivamente, ela é diferente. A verdade é que mente, certamente, porque é carente. Disso ela (e todo o mundo) está ciente. Mente até pra própria mente. A mentira mais recente foi comovente: garantiu que era uma crente inocente. Mentira recorrente. Ser assim é pertinente ou decadente? Há mentira beneficente? Mentir não seria contraproducente? Ideologicamente, filosoficamente, eu diria que é remar contra a corrente, deprimente e imprudente! Será ela uma inconsequente? Oxente, não! Definitivamente, ela é gente que mente consciente que nem a gente!