Subi o mais alto que pude para me aventurar. Na última Prateleira contei com a ajuda de um gigante para escalar. Pisei em sua cabeça, e ele, sem reclamar, abriu seu caderno e seu coração para eu bisbilhotar. Li poesias e contos, declarações e confissões. Refleti sobre a vida, o universo e tudo o mais. Pensei no tempo que não volta mais, nos amigos que ficaram para trás, no mundo que precisa de paz. O que eu poderia escrever naquele caderno? O que eu gostaria de deixar escrito para a eternidade? Que ensinamentos poderia eu repassar? Tão pouca experiência, tão enraizada nas coisas do mundo, tão teimosa, tão carente, tão insegura, tão... tão... tão humana... O Gigante leu os meus pensamentos e disse: “Deixe o vento bater e te levar, não dói nada, e aos poucos ele irá modificar a sua forma de pensar. Aos poucos irá redesenhar nas pedras da sua vida, o seu destino. Não tenha pressa, o tempo não existe de fato! Se jogue que o vento irá te segurar”. Eu acreditei no Gigante e me aproximei do precipício. Me lancei no abismo da vida, deixando o vento fazer a sua parte. E assim tem sido: o vento tem batido e me levado (ou lavado?), esculpindo a minha vida, meus pensamentos e reflexões. Tanto bate que aos poucos fura barreiras, abre caminhos.
Lindo! Orgulho da minha poetisa!
ResponderExcluirEu subi lá e escrevi, do alto da minha erudição:
"Flamengo rumo ao HEXA porraaaaaaa!!!!!!"
Dou razão ao gigante da montanha: aliás, nem tempo, nem espaço. Você já leu Fernão Capelo Gaivota? E O Pequeno Príncipe?
ResponderExcluirLivia