quarta-feira, 31 de outubro de 2012
A mentirosa irreverente que inevitavelmente existe na gente
Ela mente espontaneamente, tão tranquilamente que nem sente. Fala assim, de repente, naturalmente e de forma muito envolvente. Quase teatralmente. Mente frequentemente, descaradamente, em qualquer ambiente. Sua mentira é eficiente, eloquente. Sem dúvida, nisso ela é competente. Mente até para estrela cadente, parece uma adolescente. Ela mente diariamente porque é conveniente. Geralmente, a mentira dela é consistente. Mente contente e sorridente. Isso é sem precedente! Mente tão religiosamente que não há quem aguente. Mas, paradoxalmente, a menina é inteligente, atraente. Definitivamente, ela é diferente. A verdade é que mente, certamente, porque é carente. Disso ela (e todo o mundo) está ciente. Mente até pra própria mente. A mentira mais recente foi comovente: garantiu que era uma crente inocente. Mentira recorrente. Ser assim é pertinente ou decadente? Há mentira beneficente? Mentir não seria contraproducente? Ideologicamente, filosoficamente, eu diria que é remar contra a corrente, deprimente e imprudente! Será ela uma inconsequente? Oxente, não! Definitivamente, ela é gente que mente consciente que nem a gente!
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