sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

nada, nada

não vale nada
nenhum centavo?
travo no abraço
e naquela bolinada
suave, porém
obstinada
que na verdade
em plena liberdade
não vale nada
nenhum vintém?
mas contém ironia
no jeito de falar perto
sem beijo, sem réis
sem jeito, sem viés
com muitas rainhas
à tiracolo
não vale nada
nenhuma prata?
no olhar o protocolo
clássico
de um repertório
básico
e a minha vontade lustrada
no seu cordão de miçanga
não vale nada, nada?