não me entrego ao prazer da adversidade,
não pastoreio rancores,
não me afogo em recordações.
prefiro estar com os pés descalços
a dar passos largos
rumo à realidade imediata que
me traz jorros de fantasias impossíveis.
tenho uma vida inteira pela frente.
sábado, 2 de abril de 2022
é que o meu olhar mudou
sexta-feira, 4 de março de 2022
lábios
cheios de segredos pequenos
lábios serenos
de transgressão
no mato é puro tesão
terça-feira, 22 de fevereiro de 2022
domingo, 20 de fevereiro de 2022
Na pele
O sol para me iluminar
Uma lua para me escurecer
Vênus para inspirar
Minha constelação para não me perder
E a estrela que me guia torta
Eu trepadeira renascida e florida
Filhos enraizados em mim
Um espiral áureo
Meu infinito particular
Na pele
terça-feira, 8 de fevereiro de 2022
livres amores rasos
te encontro naquela esquina da fresta da imaginação e os pensamentos alvoroçados me atravessam com fortes ventos sussurrantes que vêm cortantes do sul, do fundo dos teus olhos claros. olhos de peixes esses que não me encaram, navegam inquietos pelos (m)ares estrelados, ancorando sem demora por aí.
com os pés descalços plantados na terra me afogo em recordações idílicas de livres amores rasos.
quinta-feira, 13 de janeiro de 2022
sonho fodido
sem convite
uma cilada (a)moral
viva no universo mental
que revivo no mundo imaterial
para além do compasso
da rima já versada
ultrapassei o limite do amasso
num erro crasso
e o sonho virou de cabeça pra baixo
era igual mas ao contrário
daí, perdi o itinerário
eu era ela, ele era você
me senti uma otária
e deu aquele trelelê
fantasia sem fim
tudo muito ruim
ser fodida
foi fodido
terça-feira, 21 de dezembro de 2021
confesso
hoje me confesso em um poema
uso poucas palavras
não é roteiro de cinema
meu segredo está vazando
grita em cenas insanas
que saltam por entre as pernas
mostrando viagens obscenas
de encontros clandestinos
com sentido, mas sem destino
a poucos metros de dar errado
mas dei certo
foram muitas Luas em que (a)guardei
em todos os cantos de Terras
encantos, encaixes, esfregas
já que esse enredo chegou ao fim
sexta-feira, 3 de dezembro de 2021
me arrumei mais do que de costume
aparei
combinei a melhor calcinha
e a mais confortável
com um perfume
sem roupa de mim
desfrutei facinha
com o desejo inesgotável
de sempre
constatei
uma coisinha
me arrumei mais do que de costume
para
segunda-feira, 1 de novembro de 2021
domingo, 17 de outubro de 2021
Bem-te-vi
Bem-te-vi
de azul
ontem voando
na rua, na chuva
na curva de casa
dessa vez sem asa
fiquei em brasa
não me atrevi
me comovi
com o que vi
e não vivi
Impossível não sentir,
pois bem, te vi.