domingo, 7 de março de 2021

Poema: uma curadoria de memórias

Vivo de versos desarrumados 
incorporados e improvisados 
que vêm no vento
e se expandem como um grito
que me engole 
num impulso sem controle

Outros cultivo
fora do espaço-tempo
para crescer e florescer
amadurecendo sem pressa
o verso que me expressa
no seu tempo

Com versos vívidos
não necessariamente vividos
perdidos em sonhos
por caminhos
que me guardam em segredos
contos que conto nos dedos

Versos que fluem sem rumo
e se transformam
em rimas
compondo poemas enfim
de mim
e sempre e tanto 

Que curam dor
de amor 
e me fazem rir
de memórias difamatórias
sem fim
me expondo sim

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